quinta-feira, 3 de julho de 2014

diário dos mesmos pesares #40











«Tão indiferente
Consumiste na força bravia
Todo o encanto das coisas que havia
E lançaste na praia ardente
Náuseas e pragas
Despojos de almas
As carnes em chagas
As mágoas
Condenaste-me à noite
De sangue e fogo
E vento e sombras
Ao teu quebranto
Mas deixa-me ao menos
O corpo despido
Em descanso»


Fausto, "Por Este Rio Acima", O que a vida me deu, 1982


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